Por Ruy Cavalcante
Uma das
coisas que eu desejei que ocorressem em 2012 era que diminuísse nossa mania de
sacralizar músicas cristãs (ou gospels, se preferir). Infelizmente isso não
aconteceu. Na verdade piorou.
Cada dia
mais, damos às canções um status que deveria pertencer apenas à Palavra de
Deus. Canonizamos músicas pelo simples fato de haverem sido compostas por crentes
evangélicos, e blindamo-las de toda forma de critica, ainda que o próprio
evangelho ensine o contrário do que sua letra afirma.
De certa forma,
parece que a maioria de nós resumiu toda a adoração a Deus, na simples atitude
de cantar uma música de mãos levantas, por isso não admitimos que ela tenha um
papel secundário dentro do processo de adoração cristã. Em muitos casos ela se
tornou o carro chefe, o personagem principal de nossos cultos, como se Deus
fosse apenas um expectador de nossas apresentações musicais.
Não poderia
deixar que o ano terminasse sem dizer algo a vocês, meus irmãos amados:
“A música é
apenas uma das formas do ser humano EXPRESSAR sua adoração a Deus, não é
sagrada, não é adoração em si mesma, não tem vida”.
Vida temos
nós, dada por Deus, portanto, somos nós quem adoramos, e isso se faz,
principalmente, sendo fiel a Deus. Deus pode suscitar pedras para adorá-lo, mas
não é seu desejo ser adorado por coisas inanimadas, e sim por seres humanos.
É urgente
a nossa necessidade de aprender mais sobre adoração, e eu queria deixar uma
pequena contribuição.
Adoração
é muito mais do que cantar. A adoração verdadeira, na maioria das vezes, sequer
faz uso de palavras, pois não é algo externo, palpável, audível, mas interna,
pessoal, espiritual, que flui do interior do ser humano. Vejamos um exemplo do
que eu estou tentando dizer:
“Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor vestidos de trajes santos”. (Sl 29:2)
Note que interessante a
afirmação do salmista, a respeito da adoração. Ele diz: “adorai o Senhor vestidos de
trajes santos” (JFA-RA, grafia brasileira). Outra tradução diz: “adorai
o SENHOR na beleza da sua santidade” (JFA-RC).
Sua afirmação e imperatividade
são tão claras, que dispensam maiores preocupações exegéticas. Ele não tutela a
adoração a um entoar de voz, nem tampouco ao levantar de mãos e derramar de
lágrimas, mas a uma vida de santidade. Precisamos adorar a Deus revestidos de
santidade, essa é a verdadeira adoração.
Seja sincero, que sentido há
numa adoração desprovida de obediência a Deus e fidelidade a sua Palavra? De
que adianta cantar, chorar e levantar as mãos no culto, se fora dele eu não
vivo uma vida digna de aceitação da parte de Deus. Chorar no culto e fazer
chorar fora dele não tem o menor valor.
O próprio Jesus disse: “Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7:21, ver também o contexto). Isso também significa que de nada
adianta cantar lindas canções de adoração, pois se eu não sou fiel a Ele,
seremos apenas como o sino que ressoa, muito barulho, mas que sua função não
perdura mais que alguns segundos. Seremos adoradores apenas de lábios, mas com
o coração distante de Deus, e como diriam os antigos, nossa adoração não passa
do teto.
Por falar em adorador, chega a
ser cômico quando ouço alguém se apresentar como adorador do Senhor, pois
sempre significa que ele é apenas um cantor gospel ou, quando muito, um
ministro de louvor na igreja. Admira-me tanto equivoco.
Outro engano absurdo é quando o ministro diz à congregação: “Dê o seu melhor para Deus!”.
Sempre entendem como: “Pule, grite, cante!”.
Se o nosso melhor para Deus for
apenas um punhado de palmas e gritos, temo pelo nosso futuro na glória.
Bom, 2013 vem ai, logo mais a
maioria de nós estará junto dos seus, comemorando mais uma passagem de ano. Vou
ficando por aqui, embora tenha a devida noção de que há muito mais que se dizer
a respeito deste assunto.
Ainda assim, meu desejo para
você, no ano que chega, é que possa caminhar cada dia mais nos trilhos
fundamentados pelos apóstolos (os verdadeiros), aproximadamente dois mil anos
atrás, e que possamos ser uma verdadeira geração de adoradores, reconhecidos não
pelas canções que entoamos, mas pela beleza da santidade em que caminhamos.
Deus abençoe a todos nós. Feliz
2013!
2 Comentários
Olá irmão Ruy, venho acmopanhando um pouco de seus blogs e tenho verificado a verdadeira mensagem de Deus aqui, portanto gostaria de abençoá-lo pelo que Deus tem feito em ti e acrescentar que compartilho de mensagem que tem posto. Quem dera eu pudesse ter tempo e chamado para colocar no ar um blog como este e auxiliar muitos a seguir a sã doutrina. Fica na paz.
ResponderExcluirHenderson Rodrigues
Agradeço pelas palavras irmão, infelizmente muitos acham que este trabalho tem a intenção de escarnecer, me xingam, ameaçam, amaldiçoam... sequer tem a preocupação de analisar os texto bíblicos que incluo como base dos artigos.. mas tudo bem, meu desejo é apenas alertar contra coisas falsas, e anunciar as verdadeiras... e faço isso por amor e por obediência.
ResponderExcluirDeus o abençoe, vamos juntos, paz.
Somente comentários ofensivos serão moderados. Discordar de mim não é pecado, então discorde à vontade.