Em um de meus estudos sobre a palavra de Deus, desta vez referente à natureza de Jesus Cristo, me deparei com várias visões diferentes.
A primeira destas foi a visão naturalista que afirma ser Jesus 100% homem e nunca ter sido, nem é e tampouco será Deus algum dia. Por hora não abordarei nada a respeito desta.
Outra visão afirma ser Jesus 100% Deus inclusive em sua passagem sobre a terra, mas esta me parece a mais absurda de todas, pois a bíblia esgota totalmente este assunto quando, por exemplo, João diz “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...”, ou quando o autor de Hebreus afirma que “Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também Ele semelhantemente participou das mesmas coisas...”.
Existem ainda os que acreditam que Jesus tem uma natureza “conjugada”, ou seja, que Ele seria 50% Deus e 50% homem e essas duas naturezas se misturaram, formando uma nova natureza, distinta de qualquer outro ser existente, e costumam exemplificar isso como se um lenço branco fosse mergulhado em tinta azul e se tornado, não mais um lenço branco com tinta azul, mas um lenço azul. Para ser sincero, esta me parece estar mais próxima do misticismo do que da realidade de fato. Deus não é místico, Deus é sobrenatural.
Existe uma linha teológica cristã, bem maior do que eu esperava, que afirma ser Jesus 100% Deus e homem ao mesmo tempo. Em suas bases estão contidas várias citações de Jesus ou dos evangelistas bíblicos.
Vejamos algumas:
Lucas 5:22-24 – “E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. E eis que uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por entre as telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados.”
Aqui, Jesus mesmo sendo homem, aparentemente perdoa pecados, o que é reconhecidamente uma prerrogativa divina. Mas analisando o texto e contextualizando-o com o restante dos relatos bíblicos do Novo Testamento, percebo que os pecados são perdoados sim, mas não por um suposto poder divino que Jesus possuía e sim baseado no princípio da fé, assim como aconteceu com Davi no antigo testamento e com outros personagens bíblicos. Veja que houve uma iniciativa do paralítico e dos que o ajudavam. Jesus não o procurou para curar. Eles enfrentaram vários obstáculos que até para os crentes mais fervorosos seria difícil “encarar”, somente porque acreditaram que Jesus poderia curá-lo. Esta mesma iniciativa encontramos em Lucas 7:36-48. Dessa forma entendo que o perdão é declarado por Jesus baseado em sua autoridade como “homem justo” de Deus e na fé demonstrada por estas pessoas, se assim não fosse nós também seriamos deuses como diz o movimento “nova era” e o misticismo, pois sobre nós também age esta autoridade divina como revela Tiago: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (...) Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados (Tg 5:14-20)”. Originalmente a palavra “cobrirá” aqui encontrada refere-se a uma expressão idiomática hebraica que significa “perdoar” ou “tolerar” encontrada também em Salmos 32:1 e 85:2, I Pedro 4:8 além de outras passagens. Esta autoridade é entregue por Deus a todos aqueles que o temem e o tornam verdadeiro Senhor de suas vidas, mas o princípio é sempre o mesmo, a fé salvadora. Quanto aos milagres Jesus afirma: “Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.” Não consigo extrair nada deste texto além da afirmação de que Deus, o Pai, é quem realiza estas maravilhas.
João 1:1-14 – “NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (...) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
João inicia seu evangelho afirmando que Jesus sempre existiu e tudo o que existe por Ele foi criado. De fato Jesus era Deus “antes” de sua passagem sobre o nosso mundo terreno. Mas então este mesmo Jesus se despe de sua divindade, se torna carne e habita juntamente com o homem aqui na terra. Porém João afirma “e vemos a sua glória (...) cheio de graça e de verdade”. Mas será que realmente João afirma ser Jesus, o homem, Deus?
“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória (I Tm 3:16)”.
Jesus conquistou, ou reconquistou, após a consumação de sua obra o direito de ter sua deidade restabelecida, a isso o autor se refere. Como sabemos, os discípulos de Jesus não entenderam nem o povo reconheceu o que Jesus veio realizar aqui na terra, até que Ele ressuscitasse dentre os mortos, já glorificado. Hoje Jesus é novamente Deus. Sempre foi assim, exceto em sua passagem entre nós. O mesmo princípio de interpretação se aplica as várias passagens em que Jesus, o homem, expressa sua ligação com Deus ou a sua essência. Ele fala do que Ele era ou voltará a ser. Ele decidiu não ser Deus para, como um cordeiro, um animal ou, no seu caso, um homem, ser sacrificado como determinava a lei cerimonial do antigo testamento para remissão de pecados. Jesus não poderia ter sido Deus durante a sua vida terrena, pois somente o sangue de um animal imaculado poderia ser aceito por Deus.
A afirmação de que Jesus não veio em carne, como um homem normal foi planejada por satanás no decorrer da história, confundindo o povo de Deus, tentando nos afastar das verdades do evangelho. Sobre isto a bíblia alerta: “E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.”
Esta é justamente a visão que me persuadiu, mediante a análise bíblica. Jesus é 100% Deus e 100% homem, porém não ao mesmo tempo. Toda a autoridade ou poder que Ele possuía durante sua vida terrena estava baseado em sua vida de dedicação e temor a Deus. O próprio Jesus expressa isso quando diz: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.”
Muito há que se discutir para esquadrinhar todo este assunto, porém oportunidades não faltarão e me contentarei, por ocasião, em responder algum possível comentário orando pela saúde de nosso espírito e que Deus nos abra as comportas do céu e derrame bênçãos e sabedora sobre todos nós. Amém.
A primeira destas foi a visão naturalista que afirma ser Jesus 100% homem e nunca ter sido, nem é e tampouco será Deus algum dia. Por hora não abordarei nada a respeito desta.
Outra visão afirma ser Jesus 100% Deus inclusive em sua passagem sobre a terra, mas esta me parece a mais absurda de todas, pois a bíblia esgota totalmente este assunto quando, por exemplo, João diz “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...”, ou quando o autor de Hebreus afirma que “Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também Ele semelhantemente participou das mesmas coisas...”.
Existem ainda os que acreditam que Jesus tem uma natureza “conjugada”, ou seja, que Ele seria 50% Deus e 50% homem e essas duas naturezas se misturaram, formando uma nova natureza, distinta de qualquer outro ser existente, e costumam exemplificar isso como se um lenço branco fosse mergulhado em tinta azul e se tornado, não mais um lenço branco com tinta azul, mas um lenço azul. Para ser sincero, esta me parece estar mais próxima do misticismo do que da realidade de fato. Deus não é místico, Deus é sobrenatural.
Existe uma linha teológica cristã, bem maior do que eu esperava, que afirma ser Jesus 100% Deus e homem ao mesmo tempo. Em suas bases estão contidas várias citações de Jesus ou dos evangelistas bíblicos.
Vejamos algumas:
Lucas 5:22-24 – “E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. E eis que uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por entre as telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados.”
Aqui, Jesus mesmo sendo homem, aparentemente perdoa pecados, o que é reconhecidamente uma prerrogativa divina. Mas analisando o texto e contextualizando-o com o restante dos relatos bíblicos do Novo Testamento, percebo que os pecados são perdoados sim, mas não por um suposto poder divino que Jesus possuía e sim baseado no princípio da fé, assim como aconteceu com Davi no antigo testamento e com outros personagens bíblicos. Veja que houve uma iniciativa do paralítico e dos que o ajudavam. Jesus não o procurou para curar. Eles enfrentaram vários obstáculos que até para os crentes mais fervorosos seria difícil “encarar”, somente porque acreditaram que Jesus poderia curá-lo. Esta mesma iniciativa encontramos em Lucas 7:36-48. Dessa forma entendo que o perdão é declarado por Jesus baseado em sua autoridade como “homem justo” de Deus e na fé demonstrada por estas pessoas, se assim não fosse nós também seriamos deuses como diz o movimento “nova era” e o misticismo, pois sobre nós também age esta autoridade divina como revela Tiago: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (...) Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados (Tg 5:14-20)”. Originalmente a palavra “cobrirá” aqui encontrada refere-se a uma expressão idiomática hebraica que significa “perdoar” ou “tolerar” encontrada também em Salmos 32:1 e 85:2, I Pedro 4:8 além de outras passagens. Esta autoridade é entregue por Deus a todos aqueles que o temem e o tornam verdadeiro Senhor de suas vidas, mas o princípio é sempre o mesmo, a fé salvadora. Quanto aos milagres Jesus afirma: “Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.” Não consigo extrair nada deste texto além da afirmação de que Deus, o Pai, é quem realiza estas maravilhas.
João 1:1-14 – “NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (...) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
João inicia seu evangelho afirmando que Jesus sempre existiu e tudo o que existe por Ele foi criado. De fato Jesus era Deus “antes” de sua passagem sobre o nosso mundo terreno. Mas então este mesmo Jesus se despe de sua divindade, se torna carne e habita juntamente com o homem aqui na terra. Porém João afirma “e vemos a sua glória (...) cheio de graça e de verdade”. Mas será que realmente João afirma ser Jesus, o homem, Deus?
“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória (I Tm 3:16)”.
Jesus conquistou, ou reconquistou, após a consumação de sua obra o direito de ter sua deidade restabelecida, a isso o autor se refere. Como sabemos, os discípulos de Jesus não entenderam nem o povo reconheceu o que Jesus veio realizar aqui na terra, até que Ele ressuscitasse dentre os mortos, já glorificado. Hoje Jesus é novamente Deus. Sempre foi assim, exceto em sua passagem entre nós. O mesmo princípio de interpretação se aplica as várias passagens em que Jesus, o homem, expressa sua ligação com Deus ou a sua essência. Ele fala do que Ele era ou voltará a ser. Ele decidiu não ser Deus para, como um cordeiro, um animal ou, no seu caso, um homem, ser sacrificado como determinava a lei cerimonial do antigo testamento para remissão de pecados. Jesus não poderia ter sido Deus durante a sua vida terrena, pois somente o sangue de um animal imaculado poderia ser aceito por Deus.
A afirmação de que Jesus não veio em carne, como um homem normal foi planejada por satanás no decorrer da história, confundindo o povo de Deus, tentando nos afastar das verdades do evangelho. Sobre isto a bíblia alerta: “E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.”
Esta é justamente a visão que me persuadiu, mediante a análise bíblica. Jesus é 100% Deus e 100% homem, porém não ao mesmo tempo. Toda a autoridade ou poder que Ele possuía durante sua vida terrena estava baseado em sua vida de dedicação e temor a Deus. O próprio Jesus expressa isso quando diz: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.”
Muito há que se discutir para esquadrinhar todo este assunto, porém oportunidades não faltarão e me contentarei, por ocasião, em responder algum possível comentário orando pela saúde de nosso espírito e que Deus nos abra as comportas do céu e derrame bênçãos e sabedora sobre todos nós. Amém.
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