Por Ruy Cavalcante

Há poucos dias um amigo me confidenciou que fora convidado, por seu pastor, a se retirar do convívio da congregação. Penso que tal atitude, independentemente da motivação, é uma afronta a tudo o que o Evangelho nos ensina. A exortação, a repreensão e a disciplina são tratamentos necessários para que uma congregação possa se desenvolver de forma saudável, mas convidar alguém a se retirar da igreja?

Pior do que a determinação foi a motivação. Meu irmão estava sendo excluído porque seus ensinos bíblicos contrariavam as práticas da comunidade. Entenda, eles não contrariavam a bíblia e sim o que a igreja vivia. Suas pregações se pautam no amor e no perdão, no lugar de no triunfo e na riqueza. Falava de cruz e não de sinais. Levantava-se contra práticas condenáveis na bíblia e isso fez com que fosse segregado.

Fatos assim tem sido cada dia mais comuns dentro de igrejas evangélicas, especialmente das adeptas do movimento neopentecostal. Todo aquele que se levanta contra doutrinas esdrúxulas logo é tratado como estranho, e de irmão se transforma, como num passe de mágica, em vilão, semeador de contendas, tocador de ungidos. Sobre falsos ensinos e a postura que devemos tomar diante delas não falarei no momento, o blog está recheado de artigos nesse sentido.

Queria apenas comentar sobre o tratamento dispensado àqueles que decidem “conspirar” em favor da verdade. A segregação contra quem ensina e prega o Evangelho verdadeiro é real, mas em nossos dias tem sido imposta pela própria igreja.

Líderes (pastores, apóstolos, profetas) proíbem seus ‘liderados’ (discípulos, servos, ovelhas) a permaneceram em contato com estes subversivos. Eu mesmo já tive irmãos que foram proibidos de andar e/ou falar comigo.

Os zelosos, por vezes são convidados a se retirarem do convívio com a igreja local, como aconteceu com o referido irmão, simplesmente porque ensinava o Evangelho sem misturas. Simplicidade é tudo o que não querem, pois o simples não engana, antes esclarece. A velha tática de domínio, proibindo e/ou sabotando o ensino de qualidade (leia mais sobre isso clicando aqui).

Mas quero deixar bem claro para aqueles que ainda não perceberam: esta guerra está apenas começando!

Quem ama o Evangelho não desistirá de ensiná-lo. Quem ama seus irmãos não se omitirá quando a mentira for anunciada como esperança. Muitos estão dispostos a não mais se omitir diante dos enganos que vem buscando dominar nossos arraiais.

Estaremos de olho, mesmo que todos se voltem contra nós, pois sabemos que a verdade é obra de Deus, nunca de satanás.

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